Calígula
15ª Produção
Estreia: 16/11/2001

ACTA - Calígula ACTA - Calígula ACTA - Calígula

Carreira: Portimão, Faro, Vila Real de Sto. António, Tavira, Albufeira, Arcos de Valdevez, Setúbal, Almada, Lagos, Loulé

O texto de Albert Camus é sobejamente conhecido. A encenação visa dar corpo cénico a esse texto salientando alguns aspectos da condição humana e propondo o seu questionamento nomeadamente os respeitantes aos limites da vontade, ás contingências da sobrevivência política, ao verso e reverso do carácter absurdo que tem a existência humana... Personagens que terão particular relevo no esgrimir destas questões filosóficas que o texto coloca – e que a encenação salientará – são, naturalmente, além do próprio Calígula, Chereia e Helicon.

Classificação Etária: Maiores de 16 anos.

Ficha Artística, Técnica e de Produção

Texto: Albert Camus
Adaptação Dramatúrgica: Paulo Moreira
Encenação: Paulo Moreira
Música: Nélio Filipe
Cenografia e Execução: Tó Quintas
Figurinos: ACTA
Intérpretes: Carlos Botinhas, Glória Fernandes, João Naylor, Jorge Soares, Luís de A. Miranda, Luís Vicente, Maria João, Mário Spencer, Paulo Moreira, Pedro Guerreiro Ramos, Rui Cabrita.
Assistência de encenação: Maria João
Desenho de Luz: Luís Vicente e Noé Amorim
Operação de Luz e Som: Noé Amorim
Montagem: Vitanga
Produção Executiva: Elisabete Martins
Fotografia: Jorge Soares
Secretariado: Dina Felgueiras
Direcção Técnica: Noé Amorim
Direcção de Produção: Luís Vicente

Destaque de Imprensa

“A estreia da peça Calígula no âmbito dos Outonos do Teatro, em Portimão, demonstrou o trabalho sério e verdadeiramente profissional que a ACTA está a desenvolver.”
Barlavento, 22/11/01

“O trabalho de Luis Vicente na interpretação bastaria para justificar este espectáculo, de tal maneira a força e a sensibilidade desse trabalho nos pareceram inteiramente convincentes. Isto sem deixarmos de ter em conta todos aqueles que participaram num espectáculo de grande qualidade. (...) um espectáculo que revela ou confirma o trabalho de um grupo cuja actividade se situa fora dos grandes centros, prova que o teatro português avança.”
Carlos Porto, Jornal de Letras, 12/12/01

“Calígula constituiu a mais agradável surpresa dos Outonos do Teatro. (...) A ACTA encerrou o festival de Portimão, num espectáculo que superou em muito as expectativas. (...) A adaptação dramatúrgica do encenador Paulo Moreira resultou plenamente, ao tornar o texto facilmente inteligível até para o espectador menos informado. De facto, Paulo Moreira construiu um espectáculo sóbrio e acessível, sem deixar de lado as questões filosóficas colocadas por Camus através da mente lógica mas doentia de Calígula. (...) É de salientar o trabalho de Luís Vicente enquanto Calígula, por demais convincente na sua loucura povoada de momentos de lucidez tão fortes, que são capazes de provocar angústia no próprio espectador.
(...) Glória Fernandes, Cesónia, prova mais uma vez ser um dos melhores talentos da ACTA. A sua Cesónia é apaixonada, conformada no seu destino, uma mulher que sofre por esta rpresa a um amor que não controla nem compreende. O seu sentimento é quase maternal e, como todas as mães, prefere tornar-se cega e ignorar os defeitos do filho.”
Cristina Pinto, Barlavento, 22/11/01

“Culminando o programa de produção da companhia para 2001 (...) esta estreia surge-nos como um momento de maioridade do trabalho que pela mão do seu
director, o actor Luís Vicente, se iniciou há 3 anos. (...) A sua irrepreensível técnica de dicção, que permite ao espectador ouvir o mais ínfimo suspiro sussurro da raiva ou o grito do medo, facilita a apreensão de um texto complexo, prende irremediavelmente o espectador. Do elenco destaca-se ainda o trabalho de Pedro Guerreiro Ramos (Chereia) e o de Mário Spencer (Helicon) patrício e escravos unidos no seu amor pelo “césar”, esgotadas em ambos as capacidades críticas e o sentido da realidade que só retomarão aquando da conjura que acarreta a morte.”
Conceição Branco, Magazine do Algarve, Dezembro de 2001

“(…) o meu agrado pela fortíssima interpretação que Luis Vicente fez de Calígula, protagonista da peça de Albert Camus.”
Anabela Moutinho, Notícias do Algarve, 04/12/01

“Durante as mais de duas horas que decorre a representação o espectador acompanha o ritmo alucinante da palavra, da mímica, da energia, da intenção que os actores carregam no palco: alto teatro! A ACTA, neste texto de Camus, na montagem, direcção e todo o resto mostrou-nos um trabalho sério e também descomplexado.”
Teodomiro Neto, Jornal do Algarve, 14/02/02